Com 39.247 eleitores e
posição estratégica na economia do estado por conta dos royalties do petróleo,
a cidade de Catu (a 95 km de Salvador) já se movimenta para as eleições
municipais deste ano. Insatisfeitos com a gestão de Geranilson Requião (PT), os
partidos de oposição, liderados por PDT e DEM, pretendem formar uma aliança
para derrubar o atual prefeito, que tem alta rejeição no município e deve se
candidatar à reeleição.
Entre os motivos de
insatisfação está a nomeação da filha de Geranilson, Mariana Requião, para
chefiar a Secretaria Municipal de Saúde e a não realização de obras públicas
vitais e já programadas, como a reforma do Hospital Municipal de Catu. A falta
de concursos públicos municipais e a cobrança do imposto sobre a iluminação
pública, considerado abusivo, também contribuem para a alta rejeição do
prefeito. "Sem falar na total incapacidade do prefeito para enfrentar o
aumento do desemprego e em atrair novos investimentos para o município”, afirma
o empresário Cézar Ribeiro (PDT). “Nestes pouco mais de três anos, ele mostrou
que não tem capacidade para conduzir um município como Catu. A cidade precisa
de mudanças", completou a ex-prefeita Gilcina Carvalho (DEM).
Cézar Ribeiro e Gilcina
Carvalho já lançaram pré-candidaturas. Bem avaliada pelos dois mandatos, entre
2005 e 2012, Gilcina é viúva de José Carvalho, empresário e engenheiro
respeitado na região, fundador da Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa),
empresa que atua na área de mineração, metalurgia e reflorestamento, além de
ser responsável pela criação da Fundação José Carvalho, entidade sem fins
lucrativos que oferece educação gratuita a cerca de cinco mil crianças e
adolescentes. Cézar Ribeiro, por sua vez, é trabalhador técnico da Petrobras,
empresário e presidente municipal do PDT. Tem 47 anos, 20 deles totalmente
dedicados à política catuense.
Os partidos de oposição
contam com o apoio dos deputados Pablo Barrozo (estadual) e Paulo Azi
(federal), ambos do DEM, além do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). PTB e
PRP também compõem a a aliança das oposições que está sendo formada no
município.
Outros nomes também aparecem
na disputa eleitoral, como os irmãos Pequeno Sales (vereador do município pelo
PTB e que foi candidato a deputado estadual no pleito de 2014, alcançando a
marca de 15.320 votos) e José Nardson Sales (também membro do PTB e ex-prefeito
do município). Pequeno Sales também já teve a pré-candidatura anunciada em
Catu. A chapa majoritária da oposição deve ser formada com dois destes quatro
nomes. "A proposta é manter a unidade entre as oposições para que seja
formada uma chapa com musculatura para vencer as eleições deste ano e recolocar
Catu no caminho do crescimento, que foi interrompido pela atual gestão",
criticou Cézar Ribeiro. ( Fonte: Carlos Eduardo "Olodum")
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