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Em caravana pelo Nordeste, Temer diz que 'não adianta tapar o sol com a peneira'

Foto: José Cruz/ Agência Brasil
No dia em que o vazamento do acordo para delação premiada do senador Delcídio Amaral dominou a política em Brasília, por causa das citações à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Michel Temer percorreu três Estados do Nordeste, com a Caravana da Unidade, que antecede a convenção que o reconduzirá à presidência do PMDB. 

Em discurso no Maranhão, Temer afirmou que "não adianta tapar o sol com a peneira", ao comentar a crise política e econômica. Disse ainda que são necessárias medidas "ousadas" para o país não "afundar" na crise. No Piauí, Temer lembrou momentos em que o PMDB deu sustentação a governos passados. "Agora não queremos mais apenas governabilidade, queremos governo", discursou. Nesse momento, foi aplaudido e interrompido por um militante que mencionou indiretamente a possibilidade de impeachment da presidente Dilma. "Agora, presidente, o senhor vai ser presidente agora, já, já", gritou. Temer riu e voltou ao tema da candidatura própria para presidente. "O PMDB tem muitas figuras de destaque que podem ser candidatas à presidência da República". O vice afirmou que um dos caminhos para fortalecer a candidatura própria é o PMDB garantir o maior número de prefeituras do país, nas eleições municipais de outubro. 

O vice tem repetido em todos os Estados visitados a pregação por unidade partidária para sair da crise e a defesa do programa partidário, chamado "Uma ponte para o futuro". "Lançamos teses verdadeiramente ousadas para serem discutidas pela sociedade. Se não adotarmos estas teses mais ousadas, não teremos saída. O que queremos é saída para a crise, estamos trabalhando nessa direção, caso contrário vamos afundando na crise. Quanto mais afundarmos na crise, em um mês, dois meses, um ano, dois anos, três anos, quatro anos, cinco anos, levamos 30 anos para sair dela", afirmou Temer no Maranhão. O vice disse ainda que o país vive uma crise institucional "a cada 25, 30 anos". "Temos que romper esse ciclo histórico, aplicar a Constituição com toda serenidade", afirmou. (BN)
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