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Operação contra fraude na Saúde acaba com seis presos

          Ela usava cadastros de servidores que já tiveram vínculos com a secretaria
A servidora Gilvana Cintra Matos foi presa nesta terça-feira, 29, durante a operação "Hígia". Ela é acusada de desviar cerca de R$ 5 milhões da folha de pagamento da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS). Ao final da operação, foram presas seis pessoas, contando com o companheiro da servidora, que liderava o esquema, e os laranjas que receberam diretamente a verba da SMS em suas contas.

A promotora Lívia Santana, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (GAECO), em coletiva nesta tarde, informou que a servidora assumiu o crime. "Ela confirmou que de fato vinha cometendo esses desvios na folha de pagamento desde 2010", disse.

De acordo com a SMS, o esquema criminoso previa a utilização de uma senha para gerir a folha de pagamento do órgão. O Ministério Público descobriu que a funcionária pública responsável pelo pagamento de terceirizados da secretaria desviava dinheiro utilizando "laranjas".

"Ela usava cadastros de servidores que já tiveram vínculos com a secretaria, mas já estavam desligados. Ela mantinha o cadastro deles ativo e alterava no momento do pagamento o CPF e os dados bancários para beneficiar os laranjas", esclareceu a promotora.

A fraude começou a ser investigada em maio de 2015, depois de ser denunciada pelo governo municipal. Durante a apuração, computadores utilizados na gestão da folha de pagamento passaram a ser monitorados e mais uma tentativa de fraude foi flagrada na semana passada, o que fundamentou a operação.

A última fraude foi registrada em fevereiro de 2015 e de acordo com o Ministério Público sempre foram feitas com o mesmo usuário, mesma senha e mesmo IP. "Os desvios eram feitos da máquina que ela utilizava. Ela saiu de licença maternidade em março de 2015 e voltou em setembro de 2015, e quando retornou já começou novamente a tentar perpetrar essas fraudes e aí nós tivemos que deflagrar a operação", completou Lívia Santana.

Os envolvidos vão responder pelos crimes de peculato, com condenação de até 5 anos, lavagem de dinheiro, até 10 anos, e organização criminosa, até 8 anos.
Essa é a segunda operação em menos de uma semana para apurar fraude envolvendo um órgão da Prefeitura de Salvador. Na última sexta, 25, o servidor Thiago Santos Lima foi detido durante "Operação Chuva", que investigava desvio de verba da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps).


De acordo com a polícia, ele desviou R$ 100 mil da verba destinada ao auxílio de desabrigados. (A Tarde)

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