Problema pode ter origens físicas, mas fatores psicológicos são
determinantes para tratamento bem sucedido. Disfunções sexuais masculinas são
um assunto delicado. Apesar de quase metade dos homens brasileiros (48%) sofrer
com alguma delas, poucos conseguem admitir. Isso porque, para a grande maioria,
o desempenho na cama interfere diretamente na autoestima.
“Para o homem, a parte sexual é muito importante. Se ele teve mil
relações bem sucedidas e na milésima primeira ocorreu algum problema – não
conseguiu ter ereção ou teve ejaculação precoce –, ele vai sempre se lembrar
dessa milésima primeira vez e se perguntar ‘será que da próxima vez será do
mesmo jeito?’”, afirma o clínico geral Dr. Carlos Eduardo Prado Costa, membro
da Sociedade Internacional de Medicina Sexual.
São chamadas disfunções sexuais masculinas a disfunção erétil, ou
seja, impossibilidade de ter ou manter uma ereção, perda de libido e ejaculação
precoce, e são muitos os fatores que contribuem para que ocorram:
Disfunção erétil: para que o homem tenha ereção, é preciso, primeiro,
que ele seja estimulado. O estímulo começa no cérebro e é transmitido até o
órgão sexual através dos nervos. Uma vez excitado, o pênis necessita de uma
grande quantidade de sangue para que fique e permaneça ereto. Portanto, os
principais problemas físicos que podem interferir na ereção são os
cardiovasculares e o diabetes. O primeiro compromete a circulação e dificulta a
chegada do sangue até o pênis. Já o segundo pode comprometer o sistema nervoso,
atrapalhando o envio de estímulos ao órgão, além de também interferir na
circulação do sangue. É por isso que, atualmente, as disfunções sexuais,
particularmente a erétil, representam um indicativo de outras doenças no homem.
Sendo uma função que exige muito do sistema cardiovascular, os fatores que
apresentam risco e devem ser tratados são o sedentarismo, a obesidade, o
tabagismo, o uso abusivo de álcool e colesterol e triglicérides elevados.
Perda de libido: esta disfunção pode estar relacionada a alterações
hormonais. A partir dos 45 anos, o homem passa a ter uma redução natural dos
níveis de testosterona causada pelo envelhecimento, o que provoca a perda de
desejo sexual. No entanto, o problema pode acontecer precocemente devido a
algumas alterações glandulares, que também afetam os níveis de testosterona,
como, por exemplo, distúrbios nas glândulas suprarrenais, que podem causar
aumento da pressão arterial e do colesterol ruim, estimular a produção de
alguns hormônios androgênicos e, inclusive, contribuir para a elevação do
estrogênio (hormônio feminino). É uma disfunção, portanto, muito ligada ao
sistema endócrino.
Ejaculação precoce: segundo o Dr. Carlos, o tempo que cada homem leva
para ter uma ejaculação é muito pessoal e algo que já está determinado no
nascimento. “É como a capacidade que cada pessoa tem para suportar dor”,
compara. O controle da ejaculação está ligado ao sistema nervoso central, que
serve de modulador, ora inibindo, ora acelerando o processo. O problema pode
ser tratado com medicamentos.
Outras doenças e tratamentos também podem influenciar no correto
funcionamento do sistema sexual masculino, como doenças de próstata, câncer de
intestino grosso e reto, doenças do fígado e problemas na tireoide.
Além disso, o fator psicológico é determinante. “Esses problemas nem
sempre partem de uma questão psicológica, porém, todo problema sexual
desencadeia um quadro de ansiedade tal que pode gerar problemas psicológicos de
grandes proporções”, afirma o Dr. Carlos. De acordo com ele, o paciente pode
até obter um bom resultado no tratamento físico para um determinado tipo de
disfunção, mas se não trabalhar seu lado psicológico, nunca vai adquirir a
confiança necessária para ficar livre do acompanhamento médico. “Temos que
lembrar que o homem ainda tem no funcionamento do pênis o seu medidor de
masculinidade e potência”, explica.
O município de Alagoinha do Piauí, no Piauí, figura hoje como o local
com o maior percentual de habitantes analfabetos acima dos 15 anos de idade no
Brasil. Em análise das 5,5 mil cidades brasileiras, o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) revelou os 30 locais em que mais de 40% da população
não sabe ler ou escrever um simples bilhete.
Na maior parte desses municípios, o índice das crianças de 6 a 14 anos
que não frequentam uma rede de ensino supera a média nacional. É o caso de Alto
Alegre, em Roraima, o local que mais tem crianças fora da escola. Lá, quase 45%
delas não estudam. Veja quais são os municípios do Brasil em que a população
não sabe ler nem escrever e o percentual de jovens que estão fora das salas de
aula.
1º – Alagoinha do Piauí (PI) – 44,4% da população é analfabeta
População 7.501
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 44,4
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 6,38
2º- Minador do Negrão (AL) – 43,8% da população é analfabeta
População 5.425
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 43,8
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 2,11
3º – Caraúbas do Piauí (PI) – 43,8% da população é analfabeta
População 5.728
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 43,83
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 6,11
4º – Caxingó (PI) – 43,7% da população é analfabeta
População 5.279
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 43,76
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 3,15
5º – Paquetá (PI) – 43,6% da população é analfabeta
População 3.900
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 43,69
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 3,08
6º – Vera Mendes (PI) – 43,9% da população é analfabeta
População 3.025
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 43,69
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 1,76
7º – Massapê do Piauí (PI) – 43,4% da população é analfabeta
População 6.323
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 43,42
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 1,44
8º – Salgadinho (PEI) – 43,2% da população é analfabeta
População 10.423
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 43,21
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 12,42
9º – Pedro Régis (PB) – 42,8% da população é analfabeta
População 6.034
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 42,86
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 0,82
10º – Traipu (AL) – 42,6% da população é analfabeta
População 27.798
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 42,69
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 4,84
11º – São José da Lagoa Tapada (PB) – 42,3% da população é analfabeta
População 7.677
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 42,35
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 6,47
12º – Olho d Água Grande (AL) – 41,9% da população é analfabeta
População 5.178
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 41,97
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 2,13
13º – Branquinha (AL) – 41,5% da população é analfabeta
População 10.745
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 41,58
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 9,97
14º – Mato Grosso (PB) – 41,5% da população é analfabeta
População 2.869
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 41,52
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 5,58
15º – Cuité de Mamanguape (PB) – 41,2% da população é analfabeta
População 6.340
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 41,21
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 1,62
16º – Serraria (PB) – 41,2% da população é analfabeta
População 6.153
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 41,20
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 3,66
17º – Padre Marcos (PI) – 41% da população é analfabeta
População 6.748
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 41,08
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 0,53
18º – Casserengue (PB) – 41% da população é analfabeta
População 7.394
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 41,06
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 1,85
19º – Pedro Alexandre (BA) – 40,9% da população é analfabeta
População 18.135
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,96
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 5,59
20º – São Miguel de Taipu (PB) – 40,9% da população é analfabeta
População 7.079
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,92
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 2,60
21º – Cacimbinhas (AL) – 40,6% da população é analfabeta
População 10.818
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,61
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 3,52
22º – Floresta do Piauí (PI) – 40,5% da população é analfabeta
População 2.515
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,51
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 0,77
23º – Curral de Cima (PB) – 40,5% da população é analfabeta
População 5.245
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,50
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 2,63
24º – Estrela de Alagoas (AL) – 40,4% da população é analfabeta
População 18.306
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,47
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 3,29
25º – Inhapi (AL) – 40,3% da população é analfabeta
População 18.621
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,36
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 17,21
26º – Canapi (AL) – 40,3% da população é analfabeta
População 17.976
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,35
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 2,48
27º – Águas Belas (PE) – 40,2% da população é analfabeta
População 42.566
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,23
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 3,92
28º – Buíque (PE) – 40,1% da população é analfabeta
População 56.523
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,18
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 5,31
29º – Lagoa do Ouro (PE) – 40,1% da população é analfabeta
População 12.865
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,14
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 3,49
30º -Alto Alegre (RR) – 40% da população é analfabeta
População 16.176
Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (%) 40,06
Crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (%) 43,99.
Fonte:- Exame.
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