Atenção: Esta matéria contém teor sexual e é imprópria para menores de 18 anos.
Além de criarem uma “bola de neve”, muitas vezes impossibilitando a
cura completa do problema, os fatores psicológicos podem também ser a causa
destas disfunções. Segundo explica Dr. Carlos, as preocupações do dia a dia e a
ansiedade podem afetar tanto a vida sexual do homem quanto da mulher. “Algumas
vezes, os problemas e desafios são tão imensos que o sujeito passa a liberar
hormônios que vão aumentar a pressão arterial e o trabalho cardíaco, através do
mecanismo de vasoconstricção arterial, ou seja, contração das artérias. Isso
vai afetar sua vida sexual, principalmente a qualidade da ereção, e, a partir
do momento que afeta a vida sexual, a ansiedade toma conta, e o sujeito passa a
se ver como impotente para todas as situações, inclusive para a sua válvula de
escape, que é o sexo”, esclarece.
Tanto as disfunções de origem física quanto as de origem psicológica
têm tratamento e podem ser curadas. A parceira, ao se deparar com esse tipo de
situação, deve adotar a postura mais cuidadosa e compreensível possível. É
comum que o homem, uma vez que percebeu que sofre de algum tipo de disfunção,
passe a evitar o sexo por simples medo de “falhar”. “Não aborde com gracinhas
ou desconfiança. Muitas vezes a parceira desconfia de traição ou perda de
interesse e também se afasta, ou fica irritada, cobrando explicações sobre a
suposta infidelidade do parceiro. Converse e encare o problema de frente, sem
piadinhas ou piedade”, aconselha o especialista.
O procedimento correto é buscar ajuda de um profissional que consiga
avaliar a causa do problema e cortar o mal pela raiz. O tratamento pode variar
desde o controle da pressão arterial ou diabetes até medicação mais específica,
através de vasodilatadores ou reposição hormonal. Mas calma: não precisa se
preocupar logo de cara! Se seu parceiro teve perda de ereção uma vez, não quer
dizer que ele esteja com algum problema de saúde. O Dr. Carlos explica que é
comum, por exemplo, que o homem perca a ereção na hora de colocar o
preservativo. “Isso acontece porque o sujeito tem que dar uma freada naquele
clima sensual para se concentrar em colocar a camisinha, e aí, dependendo da
pressa, é liberada adrenalina, e a ereção começa a ceder. O melhor é que o
casal comece tudo de novo sem pressão. A parceira também pode ajudar colocando
a camisinha de forma carinhosa e sensual”, indica.
Álcool x ereção
Segundo o especialista, a crença de que bebida alcoólica atrapalha o
desempenho sexual do homem não é mito. “Existem até pacientes que sofrem de
ejaculação precoce e costumam consumir álcool para segurar por mais tempo”,
diz. Ele explica que, de fato, na primeira hora após o consumo de bebida
alcoólica existe um retardamento da ejaculação, o que pode parecer positivo
para algumas pessoas. No entanto, da segunda hora em diante, o sujeito passa a
ter dificuldade em manter a ereção. Além disso, o uso crônico e excessivo do
álcool afeta o fígado, o que, indiretamente, compromete a produção da
testosterona, prejudicando a capacidade de ereção.
Segundo ele, o desempenho sexual masculino começa a ficar comprometido
após a ingestão de três latinhas de cerveja ou uma dose de uísque puro – se
misturado com água ou soda, acontece a partir de duas doses. (Por Marianna
Feiteiro/Bolsa de Mulher).
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