Saiu o acordo entre a
Petrobras e a Sete Brasil para a construção de sondas que serão utilizadas na
exploração do pré-sal. A quantidade de equipamentos caiu de 29 para 19, sendo
que quatro ficarão à cargo de um consórcio liderado pela Kawazaki, sócia da Enseada
Industrial Naval, que opera o Estaleiro Paraguaçu, em Maragogipe.
É uma luz que se acende no
fim do túnel em relação à crise na indústria naval brasileira e que causou a
demissão de centenas de trabalhadores em cidades do Recôncavo nos últimos
meses. Acontece que há um longo caminho até a retomada nas operações. Espera-se,
por exemplo, que a Sete Brasil, com a garantia da Petrobras, faça uma
readequação financeira e diga como vai pagar R$ 1,2 bilhão que deve à Enseada,
que também vai se reorganizar para tocar a vida.
O bom nessa história toda é
que as seis plataformas previstas inicialmente para a Bahia estão mantidas, diz
o presidente do sindicato dos trabalhadores na construção pesada na Bahia, o
deputado Bebeto Galvão, que acompanha de perto a situação. “Os acionistas da
Sete Brasil estavam aguardando Petrobras se pronunciar a respeito dos contratos
já firmados, para sinalizar com segurança jurídica aos empreendedores”, diz.
Na última semana, ele
questionou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a respeito do empréstimo de
R$ 3,7 bilhões do banco para a Sete e ouviu que aguardava-se o acordo entre a
Petrobras e a Sete. Pronto, o sinal foi dado, agora é ver os desdobramentos.
Pelas bandas de Maragogipe, circula o boato de que o estaleiro já estaria
contratando. É mentira, infelizmente. A Enseada diz que busca incessantemente
soluções, mas não tem nada de concreto até o momento. Autoria: Força Sindical
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