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Dilma compara regimes e diz que parlamentarismo é "recurso de golpistas"

Ainda inconformada com o seu afastamento da presidência da República, Dilma Rousseff (PT) afirmou, mais uma vez, que não houve crime em seu governo. Durante entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, na manhã desta terça-feira (28), a petista declarou que luta contra o golpe.

De acordo com Dilma, quem pede o impeachment quer acabar com a política popular. “Os setores descontentes de mídia, grupos empresariais e oposição política sempre tentaram a retirada do poder das pessoas que levavam uma política popular. O mundo está vivendo uma outra circunstância na America Latina. Antes se tinha o padrão golpe militar clássico. Agora, com o que aconteceu aqui com o meu governo isso vai ficar mais acentuado, é o afastamento através do que uns chamam de golpe parlamentar, outros chamam de golpe branco, outros chamam de, entre aspas, golpe suave", afirmou.

"Isso aconteceu lá no Paraguai com o [Fernando] Lugo, depois em Honduras, e todas as tentativas com presidentes eleitos como Evo Morales e Rafael Correa. Processos de retiradas de presidente que não cabem no presidencialismo”, acrescentou.

Comparando o parlamentarismo — que permite o afastamento do primeiro-ministro com um voto de desconfiança do Parlamento — ao presidencialismo, a petista afirmou que as ações influenciadas por outro regime representam um "perigo" para o país. "Não se pode no presidencialismo dizer: 'Não gosto do presidente e vou tirá-lo' (...) Essas razões não se sustentam no presidencialismo. Há sempre esse desejo oculto de transformar o país num país parlamentarista. O parlamentarismo no Brasil sempre foi um recurso dos golpistas. Quando Jânio [Quadros] renuncia, o que querem? O parlamentarismo", finalizou. (Metro1)
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