Arrolado no processo
resultante da Operação Lava Jato, o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP)
afirmou, em delação premiada, que o ministro da Secretaria de Governo, Geddel
Vieira Lima, e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner teriam sido beneficiários
do esquema de desvio de recursos de empresas estatais. De acordo com a revista
Veja, Geddel teria indicado o ex-senador Delcídio do Amaral para uma diretoria
da Petrobras durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com o
objetivo de desviar recursos da petrolífera para o PMDB. Já Wagner teria
negociado doações para a campanha de 2006 com empresas ligadas ao petróleo. Na
delação de Corrêa, ainda não homologada pelo ministro Teori Zavascki, do
Supremo Tribunal Federal, o ex-parlamentar detalha o funcionamento do esquema
de desvio de recursos da Petrobras e de outras empresas estatais, que teria
começado ainda no governo militar e se estendeu aos governos de Fernando
Collor, Fernando Henrique, Lula e Dilma. À publicação, Geddel negou a indicação
de Delcídio. “Surpreende-me que esse ladrão decrépito tenha citado meu nome
nesses fatos inverídicos. Não indiquei Delcídio. É mentira”, afirmou o
peemedebista baiano. Além dos políticos baianos, são citados pelo parlamentar
Aécio Neves (PSDB), Aldo Rebelo (PCdoB), Alfredo Nascimento (PR), Aloizio
Mercadante, Alexandre Padilha, José Dirceu, José Guimarães, filiados ao PT,
Jader Barbalho, Roseana Sarney e Valdir Raupp, do PMDB, e Paulo Maluf (PP).
(Foto: Arquivo/ Bahia Notícias)
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