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Em delação, empresário aponta propina de R$ 52 milhões para Eduardo Cunha

Faltando apenas alguns dias para a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi citado por mais um delator, durante depoimento à Procuradoria-Geral da República.

O empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, entregou aos investigadores uma tabela, que indica 22 depósitos no total de US$ 4.680.297,05 em propinas, supostamente pagas à Cunha. As informações foram divulgadas pelo blog do Fausto Macedo, no jornal Estado de S. Paulo. A votação que decide o afastamento ou não da presidente acontece no próximo domingo (17).

O empreiteiro disse que empresas envolvidas nas obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, deveriam pagar R$ 52 milhões ou 1,5% do valor total dos certificados de Potencial de Área Construtiva (Cepac) ao deputado. R$ 13 milhões caberiam à Carioca Engenharia.


Ainda segundo o delator, o maior pagamento foi realizado no dia 26 de agosto de 2013 no valor de US$ 1,12 milhão. No ano anterior, o presidente da Câmara teria recebido outros US$ 1,34 milhão, da mesma fonte, parcelados em seis depósitos. Em 2013, o deputado foi contemplado com outros seis depósitos, no valor total de US$ 1,409 milhão. Pouco depois em 2014, US$ 804 mil, foram encaminhados para a conta de Cunha, também em seis depósitos. Até o momento, Cunha não se manifestou sobre o assunto. (Metro1) 
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