Esse é pior resultado desde
1997, início da série histórica. Em 2014, o déficit foi de R$ 17,2 bilhões ou
0,3% do PIBUm artigo publicado pelo deputado federal Jorge Solla (PT) nesta
quinta-feira, 28, causou grande indignação nos setores do governo. No texto
publicado no jornal A Tarde, intitulado como “Transparência para todos”, Solla
inicia dizendo que “os oito anos do PT no governo da Bahia na gestão de Wagner
foram de conquistas nas áreas sociais”, bem como “transparência da gestão”. No
entanto, destaca que “é possível checar a falta de veracidade das informações
divulgadas pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia na atual gestão. A
divulgação da abertura de 265 novos leitos hospitalares, por exemplo, não se
sustenta após consulta ao cadastro do Ministério da Saúde. Os profissionais que
trabalham no SUS, a imprensa e nem os usuários viram ou serviram-se desses
leitos”.
Para justificar a crítica, o
deputado utilizou de números de redução de leitos públicos estaduais. Segundo
Solla, os leitos “de internação caíram de 5.203 em outubro de 2014 para 4.962
em outubro de 2015 (menos de 241) e os leitos complementares (UTI,
intermediários, isolamento), de 797 para 784 (menos 13). Além de não terem
aberto os propalados 265 “novos”, fecharam 254 que existem”. De acordo com
Solla, “também são falsas as reduções de despesas por “melhorias na gestão”. A
informação de que o HGRS perdia mil lençóis e fronhas por mês não se sustenta:
nos três últimos anos foram comprados apenas 9 mil lençóis (nenhuma em 2015).
Num hospital que faz quase mil trocas diárias de lençóis, é difícil ver
semelhança entre o que é dito e a realidade”, diz o parlamentar.
O petista critica ainda o
fechamento das lojas da Farmácia Popular para ampliação dos cargos
comissionados da Bahiafarma. “Não houve redução de despesas em 2015 em
contratos de terceirização de unidades próprias, nem com alimentação, limpeza e
segurança, tampouco em terceirização de mão de obra. Fecharam todas as 28 lojas
da Farmácia Popular sob gestão estadual, economia revertida na ampliação de
cargos comissionados. A redução que houve foi na desmobilização das Diretorias
Regionais de Saúde, paralisação de programas como o Saúde em Movimento,
demissão de mais de mil enfermeiro e técnicos contratados pela fundação
estatal, fechamento de leitos, corte de contratados com prestadores e redução
de cerca de 40% na aquisição para hospitais públicos estaduais de medicamentos,
insumos e materiais – deixando a rede com nível precário de abastecimento”. (Tribuna da Bahia)
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