A CPI dos Crimes
Cibernéticos realizou audiência pública, nesta quinta-feira (19), para discutir
crimes virtuais mostrados no Programa Profissão Repórter. Membro titular do
Colegiado, a deputada Alice Portugal participou da audiência, que contou com a
presença do promotor de Justiça do Núcleo de Crimes Cibernéticos (NUCCIBER) do
Ministério Público do Estado da Bahia, Fabrício Rabelo Patury.
Na ocasião, o promotor
Fabrício falou um pouco das ações realizadas pelo NUCCIBER no estado da Bahia,
destacando o trabalho de prevenção feitos nas escolas baianas de ensino
fundamental e médio. “Nossa experiência alertou que os crimes cibernéticos, uma
vez preparadas as pessoas, é o único crime que a capacitação consegue
praticamente zerar a possibilidade da pessoa ser uma vítima pelo menos dos
crimes de opção, como fishing, estelionato, entre outros. Se a vítima estiver
preparada, postagens e exposições indevidas seriam evitadas”, explicou o
promotor baiano, ressaltando que essa nova geração sabe muito do uso da
internet e das suas ferramentas, mas não tem ainda o discernimento necessário
para se portar no mundo virtual.
A delegada goiana Mayana
Rezende, do Grupo de Repressão a Estelionato da Delegacia Estadual de
Investigações Criminais (DEIC), também participou da audiência e falou sobre os
diferentes crimes cometidos pela internet e como a polícia do estado tem se
especializado para combater as quadrilhas cada vez mais audaciosas. A delegada
liderou um grupo de policiais de Goiás que prendeu uma quadrilha especializada
em crimes virtuais. A ação foi tema de reportagem, em setembro, do programa
Profissão Repórter, da TV Globo/TV Anhanguera.
A audiência contou ainda com
a presença do delegado de Polícia, Titular da Delegacia de Policiamento do
Interior DPI - 19ª RP, da cidade de Encantado (RS), Silvio Kist Huppes, e do
Analista de Segurança da Informação, Fernando Merces. O analista alertou que
hoje é impossível pensar em 100% de segurança na internet e destacou a
necessidade de aumentar o número de profissionais especializados na área de
segurança da informação.
Para Alice, o debate foi
importante, uma vez que os convidados trouxeram o objeto concreto da CPI. Ela
saudou o trabalho desenvolvido por delegados, promotores e agentes de polícia
do país e defendeu uma ampliação da estrutura e dos técnicos especializados em
crimes cibernéticos. “Essa estrutura precisa ser montada. Não podemos montar
uma estrutura para investigação desses crimes com os mesmos técnicos que nós
temos em segurança pública. Precisamos acrescentar conteúdos consistentes ao
Marco Civil da Internet para que possamos avançar cada vez mais nesse processo
de investigação de crimes virtuais”, disse Alice.
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