Um grupo de 22 deputados do
PMDB anunciou nesta quinta-feira (1º) um manifesto contra o que chamam de
“toma-lá-dá-cá” na reforma ministerial comandada pela presidente Dilma
Rousseff. Os parlamentares, que representam um terço da bancada na Câmara,
dizem ser contrários à decisão do partido de assumir ministérios. Atualmente a
bancada do partido na Casa conta com 66 deputados. "Estamos manifestando insatisfação
com esse processo da reforma ministerial. Não é possível que ainda tenha espaço
para esse fisiologismo escancarado, esse 'toma-lá-dá-cá'. Estamos vendo nessa
reforma uma tentativa da presidente de diminuir as pressões ao seu
mandato", disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), líder do
movimento. Para atender à demanda do vice-presidente Michel Temer e da
liderança do PMDB na Câmara, Dilma pretende ampliar o espaço do partido no
governo, entregando sete ministérios na reforma administrativa – atualmente a
legenda comanda seis pastas. O documento divulgado pelos 22 deputados acusa o
governo de fazer um "leilão" de cargos em busca de apoio no Congresso
Nacional. "O governo, sem apontar um caminho claro, rende-se a um jogo
político pautado pela pressão por cargos, num leilão sem qualquer respaldo em
projetos ou propostas, sem conseguir apontar um horizonte de esperança para o
povo brasileiro", diz o manifesto. Os parlamentares afirmam ainda que não
possuem qualquer compromisso com o governo em relação às votações em plenário.
"Nosso posicionamento em plenário não dependerá desse tipo de barganha por
cargos. Temos um só compromisso, que é com a nossa consciência, com o Brasil,
respeitando a vontade da população, expressa mais de uma vez nas pesquisas e nas
ruas do nosso país", afirma o documento. (Globo)
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