O juiz federal Sérgio Moro,
que conduz as ações da Operação Lava Jato, disse nesta quinta-feira (20) que
'não se pode pensar que a corrupção é responsabilidade exclusiva do poder
público'. Ao falar para uma plateia de advogados, em São Paulo, ele afirmou:
"A iniciativa privada, com dinâmica própria, tem muito mais chances de
mudar rapidamente do que o poder público. A corrupção não é uma
responsabilidade exclusiva do poder público. Se for assim não vamos avançar
muito porque o poder público, todos nós sabemos que, em geral, é
ineficiente". Para o magistrado, o poder público "se move muito
vagarosamente". Moro considera que a Lava Jato - maior investigação sobre
corrupção no país, envolvendo cerca de 50 políticos - surge como uma importante
oportunidade de mudança, mas fez um alerta. "A mudança não acontece
sozinha. Depende em parte do poder público e também da iniciativa privada'. "Na
corrupção há dois criminosos. Aquele que paga e o que recebe",
complementou. Ele advertiu para o fato de que a sociedade brasileira acredita
que a corrupção diminuirá a partir de episódios emblemáticos da história
recente, como a própria Lava Jato e o Mensalão - Ação Penal 470, que levou para
a prisão quadros importantes do PT. "Muitos disseram que a Ação Penal 470
iria mudar o país. Não sei se mudou. Mas me pergunto se não estamos esperando
que esses casos sejam uma espécie de sebastianismo da salvação nacional",
concluiu. (BN)
TV WEB JC
Moro diz que Lava Jato não é 'sebastianismo da salvação nacional'
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