Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
O presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o
juiz Sergio Moro seja afastado da condução de um dos processos da Operação Lava
Jato.
Segundo O Globo, o recurso
de Cunha se refere ao documento em que é acusado pelo consultor Júlio Camargo
de receber US$ 10 milhões em propinas. Para o presidente da Câmara, Moro
“usurpou” uma prerrogativa do STF, tribunal responsável por julgar
parlamentares. Caso o pedido seja aceito, o caso será encaminhado ao Supremo e
o trecho do depoimento de Camargo não terá mais validade.
A defesa de Cunha alega,
ainda, que Moro induziu o consultor a incriminá-lo já que, anteriormente, teria
negado o envolvimento do parlamentar. Questionado sobre o motivo na mudança do
depoimento, Camargo afirmou que havia sido alertado pelo Ministério Público
Federal (MPF) de que casos envolvendo políticos não seriam julgados pela
Justiça Federal do Paraná. Os advogados do peemedebista contestam a versão, e
dizem que Moro induziu o delator a dizer que estava sendo ameaçado por temer a
influência política de Cunha. (BN)
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