Em
em período e era onde o Facebook, Twitter, Instagram, e inúmeras outras
plataformas de mídia social estão integradas em praticamente todos os
negócios e passatempos, gracejos sobre o vício não são justificáveis. Mas será
que existe algum mérito científico em tais teorias? O uso de mídias
sociais está ligado ao centro de recompensa cerebral, concluem os
cientistas. Uma nova pesquisa sugere que as alegações sobre o Facebook e
vícios em mídias sociais não são puramente hiperbólicos. Em um estudo
recente, os cientistas alemães associaram a intensidade no uso do Facebook ao
núcleo acumbente do cérebro – nosso “centro de recompensa” cerebral – onde nós
inconscientemente derivamos retornos químicos a partir de determinadas ações.
As descobertas, publicadas no periódico Frontiers in Human Neuroscience,
indicam que o feedback social positivo canalizado por meio de
plataformas como o Facebook correspondem ao aumento da atividade dentro desta
área. De acordo com o autor do estudo Dar Meshi, o efeito “viciante” pode
ter origem na capacidade do Facebook em gerenciar a reputação. Embora a
reputação social seja muitas vezes rejeitada por alguns indivíduos vista
como pueril e sem sentido, ele permanece como um componente instintivo da
psicologia humana. “Como seres humanos, evoluímos para nos preocuparmos
com a nossa reputação. No mundo atual, uma forma de sermos capazesde gerir
a nossa reputação é usando sites de mídia social como o Facebook,” escreveu
Meshi.“Nosso estudo revela que o tratamento dos ganhos em reputação social no
núcleo acumbente esquerdo prevê a intensidade do uso do Facebook entre os
indivíduos.
Esses resultados expandem nosso conhecimento atual sobre a função
do núcleo acumbente, no que se refere ao comportamento humano complexo. “Em um
experimento concomitante envolvendo 31 indivíduos, os pesquisadores descobriram
que as flutuações na atividade do núcleo acumbente foi proporcional ao uso de
um indivíduo do Facebook. Usando exames de ressonância magnética, Meshi e seus
colegas registraram as respostas dos participantes os dois recebimentos e
observação do feedback social positivo. O feedback positivo dado a outra pessoa
deu um padrão de atividade diferente em comparação com a reação positiva
dirigida à si mesmo. O grau para o qual a atividade diferiu, correspondeu à
intensidade de utilização do Facebook.“Nossas descobertas relativas ao uso de
mídia social individual com a resposta individual do sistema de recompensa do
cérebro também podem ser relevantes tanto para ensino e pesquisa clínica no
futuro”, escreveram os autores do estudo. Dito isto, os pesquisadores
enfatizam que os resultados não determinam efeitos a longo prazo, ou se o
aumento da atividade obriga os usuários de a voltarem para a plataforma – duas
características-chave do vício. As mídias sociais podem aproximar drogas e
álcool na atividade cerebral aumentada que ela produz, mas sua capacidade
viciante de longo prazo ainda é desconhecida. Por enquanto, o Facebook continua
a ser um vício epidêmico não comprovado, mas plausível. Todas as coisas
devem ser usadas com moderação. (Doutíssima)TV WEB JC
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