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Barragem Pedra do Cavalo abre comportas após cerca de sete anos e modifica rotina de ribeirinhos em cidades do Recôncav

Desde a manhã do último dia 31 de dezembro, moradores e motoristas que trafegavam pelo trecho da ponte da BR-101 e da ponte D. Pedro II, em Cachoeira, ficaram surpresos com a abertura de quatro comportas da Barragem Pedra do Cavalo. A medida que seguiu até a madrugada do desta quinta-feira (02) foi tomada devido às fortes chuvas que atingiram a Chapada Diamantina no último mês, causando tragédias e inundações em diversos trechos. As corredeiras das águas do Rio Paraguaçu, que nasce na Chapada e desagua no Recôncavo, cortando as cidades de Cachoeira, São Félix e distritos de Coqueiros e Nagé (Maragogipe), além de cheia para as cabeceiras do rio trouxeram também surpresas para pescadores e moradores. No trecho do Baixo-Paraguaçu alguns barcos foram arrastados por cerca de 100 m do local onde estavam ancorados devido à força das águas, entre eles duas lanchas de grande calado que foram arrastadas para o final cais, ao lado do Estádio 25 de Junho.
 Em Cachoeira alguns proprietários de barcos afirmaram que não foram avisados sobre a abertura e ficaram surpresos com a correnteza do rio. Raimundo Morais, dono da empresa Vitória Turismo Náutico, que trabalhava no momento, afirmou: “não recebi nenhuma notificação nem conheço quem tenha sido avisado disso”. Apesar da situação ele afirma não ter tido prejuízos ao seu barco. Já em São Félix um grupo de moradores também foi surpreendido pelas espécies de peixes que o Rio Paraguaçu em vazão trouxe. Um tambaqui, medindo cerca de 1,5 m, foi capturado próximo à barragem. “Um desses aqui hoje em dia é raro. O rio está morto, não só pela barragem, mas ela com certeza faz muita diferença. Só quando as comportas abrem é que temos essa chance única”, afirma o pescador Marcos dos Santos, que sobrevive da atividade extrativista no local. Outro efeito para os ribeirinhos foi a grande liberação das “baronesas”, plantas aquáticas que segundo a sabedoria popular, servem de alimento e morada para peixes e aves do rio.  A última vez que o empreendimento gerido pela empresa Votorantim passou por esse procedimento foi em 2007, quase sete anos atrás.. ( Toni Caldas/ A Cachoeira)
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