
Veja
Sem rodeios, Celestino fez cálculos
rápidos e disse diretamente ao torcedor que acompanhava o programa: “O Bahia
está tecnicamente falido”. “O fluxo de caixa é o que diz quanto o clube vai
receber e pagar – e a receita tem que ser maior que a despesa. Em 2013, se tudo
ficar como está, o Bahia vai ter R$ 27 milhões em despesas para equilibrar com
R$ 4 milhões em receitas. Ou seja, negativo em 23 milhões. Juntando isto com a
dívida existente, de 80 milhões, se torna insolúvel”, revelou.
Para tentar resolver o problema,
Celestino indica que o setor está fazendo reuniões e tentando renegociar
dívidas. Entre os interessados estão OAS, Arena Fonte Nova e também Rede Globo,
que ainda tem verba a ceder ao Bahia apesar de já ter antecipado recursos do
ano de 2018. O administrador esclarece que todos os que têm débitos a receber
do time estão receptivos ao novo momento do clube e que espera até o final do
ano ter reduzido bastante o rombo. A meta, até o final da gestão em 2015, é
zerar a dívida ou chegar a quase isto.
“Juntando (dinheiro) aqui e ali,
alterando coisas, fazendo seleção de pagamento, ordenando pagamentos, cortando
custos para que as despesas não sejam maiores que as receitas, acho que a gente
vai conseguir equacionar e deixar (o débito) diminuído”, preconiza Celestino.
Uma das maneiras de conseguir arrecadação alternativa, no entendimento do
diretor financeiro, é aproveitar a paixão do tocedor e o crescimento recente da
marca.
Reub Celestino acredita que o processo
de intervenção tricolor e a eleição da nova diretoria voltaram a despertar
paixões e o inicio do regate da torcida. Este momento teria grande potencial
financeiro e isto precisa ser aproveitado pela equipe de marketing do clube,
para ele. Por conta desta ideia, Celestino acredita que os valores avaliados de
custo de marca do Bahia (R$ 60 milhões) e a verba repassada pela Arena Fonte
Nova ao clube (R$ 9 mi) são pequenos.
Se aproveitar corretamente a corrente,
o Bahia pode se tornar, na época do centenário do clube, um time de nome mundial
e ultrapassar suas barreiras atuais. De acordo com o diretor, hoje o Tricolor é
um time provinciano, mas precisa implementar um tipo de gestão com recursos
adicionais, imitando os melhores modelos europeus.
“Os clubes da Europa fizeram isso com
muita competência, mas não fizeram com futebol. Fizeram a partir de modelos de
gestão. Eles fizeram melhores 'futebóis', com o perdão aqui do erro. O Vitória
mesmo deu um salto maior que o Bahia, mas também é provinciano. O Bahia precisa
sair da Bahia, do Nordeste, do Brasil, e fazer sua mundialização”, projeta.
Desta maneira, o clube conseguirá aumentar sua torcida, combalida nos últimos
meses e apequenando o time no cenário nacional.
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