Uma vacina anticocaína tem sido usada com sucesso em primatas
não-humanos e está a um passo da aprovação para uso em terapias de dependência
química. A vacina (dAd5GNE) combina elementos de vírus do resfriado comum com o
GNE, partícula que imita a cocaína, e impede a alta de dopamina associada à
droga. - A vacina ‘come’ a cocaína no sangue como um Pac-Man, antes que a
droga chegue ao cérebro - explicou po residente do departamento de medicina
genética da Universidade Médica Weill Cornell à revista “Wired”. - Com a
vacina, mesmo que a pessoa recaia no vício, a cocaína não surte efeito.
A cocaína funciona se ligando a
um transportador de dopamina, impedindo a reciclagem do hormônio do prazer em
duas áreas do cérebro, que produzem então o efeito da droga. A vacina estimula
o corpo a tratar a cocaína como um intruso e a montar uma resposta imunitária
contra a droga. De acordo com os resultados do estudo, primatas
não-humanos que receberam a vacina apresentaram níveis bastante reduzidos da
ligação de cocaína com o transmissor da dopamina, cerca de 20% — bem abaixo dos
47% necessários para ‘dar barato’. - Uma vacina anticocaína exigirá doses
de reforço nos seres humanos, mas nós ainda não sabemos quantas vezes essas
doses de reforço serão necessárias - disse Crystal. - Acredito que para aquelas
pessoas que querem desesperadamente quebrar seu vício, uma série de vacinas vai
ajudar.
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