O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Ophir Cavalcanti, diz que reconhece que a prova da primeira fase do IX
Exame de Ordem foi “mais dura” se comparada às dos anos anteriores, mas
atribui a alta reprovação (83,33%) à má qualidade dos cursos de direito.
Apenas 19.134 bacharéis em direito do total de 114.763 participantes
estão aptos para a segunda fase, dia 24 de fevereiro. Segundo
Cavalcanti, a OAB faz um “calibragem a cada exame”, porém, às vezes, o
número de perguntas mais difíceis acaba sendo maior. Porém, de acordo
com ele, o exame não fugiu ao programa. “Não quero crer que este seja um
índice recorde de reprovação para a primeira fase, mas é um resultado
bastante negativo”, afirma. Cavalcanti reforça, no entanto, que a média
de aprovados final deve se manter nesta edição também, ou seja, ficar
entre 15 mil e 20 mil candidatos.
O
presidente atribui o alto índice de reprovação à má qualidade do ensino
jurídico no Brasil. “É necessário combater as causas e haver uma
fiscalização maior por parte do MEC. Se os cursos não começarem a ser
fechados, vamos continuar a ter esses reflexos assustadores.” Em
2011, o MEC determinou a redução de quase 11 mil vagas de 136 cursos de
direito que tiveram baixo desempenho no Conceito Preliminar de Curso - o
índice considera, além do desempenho dos estudantes, o corpo docente, a
infraestrutura e os recursos didático-pedagógicos, entre outros itens.
(G1)
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