Mais de 350 milhões de pessoas sofrem
de depressão no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A
organização alertou na véspera do Dia Mundial da Saúde Mental, para a
necessidade de combater o estigma em torno da doença e incentivar que os
governos implementem tratamentos para combater o transtorno. Pelos dados da
OMS, pelo menos 5% das pessoas que vivem em comunidade sofrem de depressão.
"Temos alguns tratamentos muito
eficazes para combater a depressão. Infelizmente só metade das pessoas com
depressão recebe os cuidados de que necessitam. De fato, em muitos países, o
número é inferior a 10%", disse o diretor do Departamento de Saúde Mental
e Abuso de Substâncias, Shekhar Saxena. "É por isso que a OMS está
trabalhando com os países na luta contra a estigmatização como ato essencial
para aumentar o acesso ao tratamento."
A OMS define depressão como um
transtorno mental comum, caracterizado por tristeza, perda de interesse,
ausência de prazer, oscilações entre sentimentos de culpa e baixa autoestima,
além de distúrbios do sono ou do apetite. Também há a sensação de cansaço e
falta de concentração.
A depressão pode ser de longa duração
ou recorrente. Na sua forma mais grave, pode levar ao suicídio. Casos de
depressão leve podem ser tratados sem medicamentos, mas, na forma moderada ou
grave, as pessoas precisam de medicação e tratamentos profissionais. A
depressão é um distúrbio que pode ser diagnosticado e tratado por não
especialistas, segundo a OMS. Mas o atendimento especializado é considerado
fundamental.Quanto mais cedo começa o tratamento, melhores são os resultados. Vários
fatores podem levar à depressão, como questões sociais, psicológicas e
biológicas. Estudos mostram, por exemplo, que uma em cada cinco mulheres que
dão à luz acaba sofrendo de depressão pós-parto.Especialistas recomendam que
amigos e parentes da pessoas que sofrem de depressão participem do tratamento.
Em 1992, a Federação Mundial para
Saúde Mental lançou o Dia Mundial de Saúde Mental na tentativa de aumentar a
conscientização sobre as questões na área e estimular a discussão sobre os
transtornos mentais e a necessidade de ampliar os investimentos na prevenção,
na promoção e no tratamento. Mais informações podem ser obtidas no site da OMS.
(Agência Brasil)
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