A procuradoria-geral da
República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão do presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e dos senadores José Sarney (PMDB-AP), e
Romero Jucá (PMDB-RR). Eles são acusados de tentar barrar a Operação Lava Jato,
depois da divulgação de áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio
Machado, em que os parlamentares são flagrados tramando contra a operação da
Polícia Federal.
De acordo com o jornal O
Globo, os pedidos de prisão já estão com o ministro Teori Zavascki há pelo
menos uma semana. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também pediu
o afastamento de Renan da presidência do Senado, sob argumentos similares
àqueles utilizados no pedido de destituição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da
presidência da Câmara e do mandato de deputado federal.
Segundo a publicação, os
indícios são de que a conspiração é mais grave que as provas que levaram à
prisão e perda de mandato do ex-senador Delcídio do Amaral, já que o
sul-matogrossense tentou manipular a delação de um colaborador (Nestor Cerveró,
ex-diretor Internacional da Petrobras), enquanto que Renan, Sarney e Jucá
tentaram derrubar a Lava Jato.
Sérgio Machado afirmou em
delação premiada que distribuiu R$ 70 milhões em propina para os senadores alvo
de Rodrigo Janot neste pedido ao STF, além de outros políticos do PMDB, durante
os 12 anos que esteve à frente da Transpetro.
Esta é a primeira vez que um
procurador-geral da República pede o afastamento e a prisão de um presidente do
Senado. Os ministros decidirão se Renan, que é alvo de 12 inquéritos no STF,
ainda têm os requisitos para continuar na presidência do Congresso e na linha
sucessória da presidência da República. (Metro1)
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