O presidente da Venezuela,
Nicolas Maduro, pediu na sexta-feira (13/5) ao embaixador do país no Brasil
para regressar a Caracas, depois de o Senado brasileiro ter aprovado a abertura
do processo de destituição da presidente Dilma Rousseff. “Pedi ao nosso
embaixador no Brasil, Alberto Castellar, que venha para Caracas”, disse Nicolas
Maduro, que considera que houve “um golpe de Estado” no Brasil, em declarações
transmitidas pela rádio e pela televisão. “Estivemos a avaliar (…) esta
dolorosa página da história do Brasil (…). Quiseram apagar a história com uma
jogada totalmente injusta com uma mulher que foi a primeira presidente que teve
o Brasil”, afirmou.
Maduro classificou o afastamento de Dilma Rousseff, na
sequência da decisão do Senado, “uma canalhada contra ela, contra a sua honra,
contra a democracia, contra o povo brasileiro”. Refirmando que houve um golpe
de Estado no Brasil, apelou aos seus homólogos na região para que reflitam no
que aconteceu com Dilma Rousseff. Nicolas Maduro advertiu para o perigo do
“vírus do golpismo” voltar a tomar conta da América Latina, arrastando consigo “grandes
convulsões sociais outra vez”. Na sexta-feira (13/5), o Ministério das Relações
Exteriores (MRE) rebateu as críticas dos governos da Venezuela, de Cuba, da
Bolívia, do Equador e da Nicarágua quanto a legalidade do processo de
impeachment da presidenta afastade Dilma Rousseff.
Em nota, o Itamaraty disse
“rejeitar com veemência” o que classificou como propagação de falsidades por
partes desses governos em relação ao impeachment. A assessoria do Ministério de
Relações Exteriores informou que o afastamento de Dilma ocorreu “em quadro de
absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição federal”.
(Agência Brasil)
0 comentários:
Postar um comentário
O Blog JC Radialista: Não se responsabiliza por comentários de leitores ou terceiros que venha comentar determinado conteúdo apresentado neste espaço...