Após o PSD declarar voto favorável ao impeachment da presidenta Dilma
Rousseff, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, presidente nacional da
legenda, entregou nesta sexta-feira, 15, sua carta de demissão ao Palácio do
Planalto. Kassab se reuniu no fim da tarde com o ministro-chefe do Gabinete
Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, para entregar o cargo. Não
há informações se o ministro se encontrou com a presidenta. O Palácio do
Planalto ainda não se manifestou sobre a substituição de Kassab. Gilberto
Kassab comandava o Ministério das Cidades desde junho de 2015. A favor do
impeachment Nesta sexta, seguindo como sexto na ordem dos partidos a
discursarem no plenário da Câmara, os deputados do PSD subiram à tribuna para
apoiar a admissibilidade do processo de impeachment contra Dilma. O partido já
tinha decidido abandonar o governo e seus parlamentares aproveitaram a
oportunidade para defender que a presidenta seja afastada do cargo. "O PSD
apoiará o impeachment e também apoiará a governabilidade do futuro presidente.
Porque o país precisa sair dessa situação caótica em que se encontra",
disse o deputado Heuler Cruvinel (PSD-GO), o primeiro a discursar pelo partido.
"O Brasil governado pelo PT é o Brasil que não defende o direito à propriedade,
o Brasil que defende as invasões de terra e não defende os direitos do setor
produtivo", completou, acusando o partido da presidenta e ela própria de
não terem mais capacidade de comandar o país. O deputado Éder Maduro (PSD-PA)
aproveitou a oportunidade para lembrar a crise econômica e responsabilizar o
governo pela situação difícil que o setor produtivo vem passando. "O
governo levou milhares de pequenas e médias empresas a falirem e fecharem as
portas", disse. O deputado João Rodrigues (PSD-SC) acusou os partidos
governistas de formarem uma "gangue" e rechaçou as acusações deles de
que o impeachment seja um golpe. "Quero dizer ao PT, ao PSOL, ao PCdoB, a
toda essa gangue que não é golpe. Golpe é vender um sonho e entregar um
pesadelo. Golpe é aplaudir criminoso dentro do Planalto e incentivar invasão de
propriedade no País".
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