Balanço preliminar divulgado
pela Câmara às 19 horas desta sexta-feira (18) aponta que pelo menos 68
deputados federais mudaram de partido durante a janela que permite troca-troca
de legenda sem risco de cassação por infidelidade partidária. Esse número
equivale a 13% dos 513 parlamentares que compõem a Casa. O total deve aumentar
até segunda-feira (21), quando mais deputados devem comunicar as mudanças
feitas de última hora. O balanço preliminar mostra que a agremiação que mais se
desidratou com a janela partidária aberta por meio de Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) promulgada pelo Congresso Nacional foi o Partido da Mulher
Brasileira (PMB). Usado como ponte temporária por alguns deputados, o partido
perdeu 17 parlamentares durante o período, o que fez com que sua bancada
diminuísse de 19 para 2 membros. Dono da maior bancada da Câmara, o PMDB perdeu
4 deputados, mas ganhou outros três. Já o PT, mesmo na crise que atingiu o partido
após as denúncias de corrupção dos últimos anos, perdeu apenas um parlamentar:
Odorico Monteiro (CE), que mudou para o Pros, para presidir a sigla em seu
Estado. A legenda da presidente Dilma Rousseff não recebeu nenhum novo
integrante. Entre outros partidos que oficialmente são da base aliada, o PP foi
o que mais ganhou com a janela partidária. A frente do Ministério da Integração
Nacional, a legenda recebeu 10 novos deputados, embora tenha perdido dois. Já o
PR ganhou 10 parlamentares durante o período da janela, mas perdeu outros
quatro. No PSD, entraram 6 parlamentares, mas outros quatro saíram. Também
oficialmente da base aliada, o Pros também se desidratou durante a janela. O
partido perdeu mais deputados do que ganhou. Enquanto três entraram na sigla,
outros sete saíram. Da oposição, o PSDB perdeu quatro deputados. Embora a
Câmara ainda não tenha sido comunicada oficialmente, o partido deve ganhar um
deputado: Sóstenes Cavalcante (RJ), que deixou PSD. Já o DEM não perdeu nenhum
e ganhou seis novos parlamentares, entre eles, Marcos Rogério (RO), relator do
processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no
Conselho de Ética da Casa. Líderes partidários afirmam que a grande maioria das
mudanças partidárias foi motivada por questões regionais. Em reservado,
lideranças de partidos admitem que, para atrair deputados, as ofertas variaram
entre legenda para concorrer as eleições municipais de outubro, o comando
regional do partido e até garantias de destinação de cotas do fundo partidário
para financiar a campanha deste ano. Com as mudanças partidárias na Câmara,
duas legendas perderam representantes na Casa: PMN e PTC perderam o único
deputado que tinham. Com isso, o número de siglas com representação na Câmara
diminuiu de 27 para 25 partidos. Houve ainda partidos que não perderam nem
ganharam nenhum integrante durante a janela, como PCdoB, Rede e PTdoB. (BN)

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