Na conversa que anunciou sua
saída para Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo disse à presidente que sua
situação à frente do Ministério da Justiça estava "insustentável".
Segundo a Folha de S. Paulo, momentos antes de chegar ao Palácio da Alvorada,
Cardozo teria dito a amigos que tinha "perdido a paciência" diante
das pressões feitas pelo PT e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que
pediam há meses sua saída do cargo.
Para o ex-presidente, Cardozo é o
responsável pelo avanço das investigações da Operação Lava Jato ao núcleo do PT
e do Palácio do Planalto, já que, nas palavras do ex-presidente, "Zé
Eduardo não controla a Polícia Federal". Em sua defesa, o ministro diz que
sempre rejeitou interferências externas na corporação e que a PF age de forma "independente".
Aliados do ex-presidente afirmam que, com a troca de ministro, a disposição de
Lula com o governo "vai depender da performance" do novo ministro,
Wellington César, aliado do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.
Para a
Federação Nacional dos Policiais Federais, a saída do ministro "pode
representar uma ameaça às propostas de mudança do atual modelo de investigação
criminal e um retrocesso no debate sobre a estruturação da carreira do Policial
Federal, das quais José Eduardo Cardozo tornou-se conhecedor".
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