Para minimizar os efeitos da
maior crise enfrentada desde que saiu do Palácio do Planalto, o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva tem sido aconselhado por aliados a admitir que
“recebeu de presente” a reforma feita no sítio que frequenta em Atibaia (SP).
De acordo com a Folha de S. Paulo, a linha de defesa ainda enfrenta oposições
dentro do próprio PT. Primeiro, o grupo teme que as bases da sigla não recebam
bem o discurso, já que contraria a tese de que a cúpula não age em benefício
próprio. Em segundo, há o fato da Odebrecht ter avisado que não assumirá
publicamente que custeou a reforma – decisão que teria sido informada a Lula.
Testemunhas informaram ao Ministério Público que uma espécie de consórcio
informal, formado pelas empresas Odebrecht, OAS e Usina São Fernando, teria
bancado a obra no sítio. Mesmo que o Instituto Lula tenha afirmado que o
ex-presidente apenas visita o local, de propriedade de amigos da família, em
dias de descanso, alguns membros do PT já começaram a “testar” a alternativa.
Nesta quinta-feira (4), o ex-ministro Gilberto Carvalho disse que uma
empreiteira bancar a reforma seria “a coisa mais normal do mundo”. "Se
isso de fato for confirmado, não há nenhuma irregularidade. Não houve
enriquecimento próprio. Lula nunca se preocupou com isso", disse Marco
Aurélio Carvalho, coordenador do setorial jurídico do PT. (BN)
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