Foto: Ricardo Stuckert / Instituto lula
O ex-governador da Bahia e
ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou, nesta quarta-feira (27),
que há uma certa “obsessão” para que as investigações da Operação Lava Jato
cheguem no ex-presidente Lula. "Ele é uma figura evidentemente que tem uma
liderança bastante sólida no País, é uma referência, um nome superconhecido,
oito anos presidente da República. Então, virou objeto de desejo", disse,
segundo o Estadão, após participar de evento pelo Dia Internacional em memória
às vítimas do holocausto, na sede do conselho federal da OAB, em Brasília.
A
fala de Wagner vem logo após a operação Triplo X (leia aqui), que aconteceu
nesta quarta e incluiu o triplex 164-A, ao qual a família do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva teria direito, no Edifício Solaris, no Guarujá, litoral de
São Paulo, no rol de imóveis com “alto grau de suspeita quanto à sua real
titularidade”. O ministro destacou que o ex-presidente já disse não ser
proprietário do apartamento. "Ele já disse que não é dele o apartamento,
que ele pretendeu e depois desistiu de comprar", afirmou. "Eu acho só
que as pessoas têm que aguardar um pouquinho as investigações antes de colocar
os carimbos. Porque depois que coloca o carimbo fica mais difícil. Isso vale
para todo mundo, pro pessoal que é do meu lado, pra oposição", completou
Wagner, que também teve seu nome citado em troca de mensagens com o Léo
Pinheiro, presidente da OAS, que está preso.
O ministro afirmou que Lula
deveria ter um tratamento "mais respeitoso". "Ele é uma
liderança importante. Deu uma contribuição, independente da convicção de cada
um, que considero inestimável à sociedade brasileira e ao Brasil".(Bahia Noticias)
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