A jornalista da TV Globo,
Elaine Bast, fez uma reportagem em outubro de 2015 sobre a importância da
mamografia para se detectar câncer de mama precocemente e aumentar as chances
de cura. A repórter falou sobre uma pesquisa que mostra que 60% dos casos da doença
foram identificados no início, graças ao exame. Segundo o blog Notícias da TV,
do UOL, Elaine recebeu no dia seguinte o resultado da mamografia que realizara
dias antes.
Os exames confirmaram que ela tinha nódulos malignos. Elaine conta
que uma das entrevistadas para a reportagem, Monica Araújo Chiarello, foi
fundamental para a jornalista: "Ela me ajudou muito, afinal já tinha
passado por tudo o que eu ia passar". Leia o depoimento de Elaine ao blog:
"Soube em novembro que precisava retirar a mama esquerda por causa de três
tumores descobertos em um check up de rotina. Não tinha nódulos aparentes, não
sentia dores, enfim, nada diferente. Soube do resultado exatamente um dia após
fazer uma matéria para o Jornal Nacional sobre o assunto... O VT [videotape]
era sobre um estudo que falava sobre a importância dos exames preventivos para
a detecção precoce do câncer de mama.
A personagem que entrevistei, de apenas
35 anos, havia terminado a quimioterapia quando a encontrei. E foi uma das
pessoas que me ajudaram muito psicologicamente nesse processo. Tenho 42 anos,
dois filhos pequenos, amamentei, não há histórico na minha família de câncer de
mama. Não esperava passar por isso. Tive muita sorte em ter descoberto logo no
início. Apesar de todos os avanços da medicina nessa área, a palavra 'câncer'
dá sempre muito medo. Mas aprendi que ela não é uma sentença de morte. Retirei
toda a mama esquerda e decidi também retirar a direita preventivamente. Não
consigo deixar de pensar que realmente tive muita sorte. Não só por ter
descoberto no início mas porque pude fazer a reconstrução das mamas na mesma
cirurgia. Não precisei ver meu corpo mutilado. Tive apoio muito importante da
minha família, dos meus amigos, dos meus colegas de trabalho. Eles ajudaram a
cuidar da minha alma. E os médicos, a cuidar da minha saúde. Difícil ler
notícias sobre mulheres que morrem porque tiveram diagnóstico tardio desse
câncer. Seja porque de tão atarefadas se esquecem delas mesmas e deixam de
fazer os exames de rotina, seja porque não conseguem agendar consulta
ginecológica no sistema público e realizar os exames. Uma doença que tem chance
altíssima de cura se for tratada do início. Graças ao diagnóstico precoce, o
câncer não parou a minha vida. Eu continuo a minha história. Depois da cirurgia
e do tratamento, volto ao trabalho em meados deste mês". (N. ao Minuto)
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