Em meio ao processo de
impeachment e com a popularidade da presidente Dilma Rousseff em patamares
baixos, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, usou as redes sociais nesta
quarta-feira, 13, para reforçar a defesa do mandato da presidente. "Não é
por conta de baixa popularidade que se retira uma presidente do poder", escreveu.
A presidente Dilma foi citada na delação do ex-diretor da Petrobras Nestor
Cerveró, o que deixou em alerta o Palácio do Planalto, que teme a influência
das denúncias no processo de impeachment da presidente. Cerveró, ex-diretor da
área Internacional da Petrobras, declarou à Procuradoria-Geral da República ter
ouvido do senador Fernando Collor (PTB-AL) menção à presidente Dilma Rousseff.
Segundo ele, em setembro de 2013, Collor afirmou que suas negociações para
indicar cargos de chefia na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, haviam
sido conduzidas diretamente por Dilma. O PSDB pretende pedir ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) a inclusão da delação premiada de Cerveró em três
ações que podem levar a Corte a cassar a chapa da petista e do vice-presidente
Michel Temer. Os tucanos também discutem se vão querer o depoimento do próprio
ex-diretor para instruir as ações do TSE. Em suas mensagens nas redes sociais,
Wagner afirmou que a oposição tem o direito de fazer críticas e de
"divergir da maneira como governamos o País". "Isso faz parte da
democracia e é saudável que assim seja. Mas a democracia também pressupõe o
respeito à vontade do povo, que foi às urnas em 2014 e reelegeu Dilma por mais
quatro anos", escreveu.
Investigações: Jaques Wagner também foi citado por Cerveró,
que disse que o ministro recebeu recursos desviados da estatal na campanha de
2006. O envolvimento do nome de Wagner na Lava Jato apareceu com a divulgação
de mensagens interceptadas, reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo, que
indicaram a proximidade de Wagner com o ex-presidente da empreiteira OAS José
Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, um dos condenados por
participação no esquema de corrupção da Petrobras. Pelo relato, há desde
negociação de apoio financeiro ao candidato do PT à Prefeitura de Salvador em
2012, Nelson Pellegrino, a pedidos de intermediação de Wagner, então governador
da Bahia, com o Planalto para favorecer empresários. O ministro, que nega
qualquer ato ilícito, deve ser convocado para prestar esclarecimentos assim que
os trabalhos legislativos recomeçarem, no início de fevereiro, na CPI dos
Fundos de Pensão, já que as mensagens telefônicas apontam suspeita na atuação
de Wagner na Fundação dos Economiários Federais (Funcef), fundo de pensão dos
funcionários da Caixa Econômica Federal, para favorecer a empreiteira OAS. Com
informações do Estadão Conteúdo.
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