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Alice critica convite da CPI dos Crimes Cibernéticos ao criador do perfil Dilma Bolada


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos ouviu, na manhã desta quinta-feira (29), o publicitário Jeferson Monteiro, criador do perfil Dilma Bolada. Membro titular do Colegiado, a deputada Alice Portugal criticou o convite da CPI a Jeferson Monteiro, proposto pelo deputado Alexandre Leite (DEM-SP), uma vez que foge da expectativa tão bem cumprida em algumas outras audiências da CPI que é investigar crimes praticados no meio virtual. Para Alice, não há qualquer criminalidade praticada pelo perfil Dilma Bolada.

A deputada voltou a dizer que o objeto da CPI dos Crimes Cibernéticos está sob risco. “Esta CPI precisa focar em crimes efetivos na internet, como pedofilia, racismo, incitação ao ódio que foi feita aqui de maneira explícita e eu estive no foco”, disse Alice, fazendo uma referência a uma fala de Beatriz Kicis Torrents de Sordis, criadora do Perfil Beatriz Kicis, que foi ouvida pela CPI, na última terça-feira (27). No evento, Beatriz afirmou: “É meu direito sentir de orgulho de saber que minhas falas maltratam e ofendem alguém do PCdoB”.

A deputada Jandira Feghali, líder do PCdoB na Câmara, também criticou o convite da CPI a Jeferson Monteiro e falou da indignação da Bancada ao saber que a Mesa da Colegiado não fez nenhuma intervenção com relação às agressões de uma depoente à deputada Alice e ao partido. 

Na audiência, Jeferson Monteiro negou que recebe recursos do PT para defender o governo e criticar opositores e de ter sido processado por calúnia e difamação em razão do perfil Dilma Bolada. Ele explicou que toda documentação de seu contrato com a agência Pepper, que prestou serviço ao PT, está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e não há qualquer irregularidade.


“Dilma Bolada não é anônima, tem assinatura do seu autor que garante a liberdade de expressão e a livre manifestação, cumprindo os requisitos do Marco Civil da Internet”, acrescentou Alice. A deputada também falou que vem sendo alvo de ataques por ter divulgado um dado, durante votação do projeto que revoga o Estatuto do Desarmamento, sobre a morte de mulheres no Brasil por arma de fogo. Ao invés de falar que 15 mulheres morrem todos os dias, ela falou 15 milhões. A deputada já retificou a informação, mas ainda vem recebendo ataques com palavras de baixo calão e ofensas nas suas redes sociais.

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