Força Sindical e a
Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) criticaram o
aumento da taxa Selic em 0,5 ponto percentual, a 14,25% ao ano, pelo Comitê de
Política Monetária do Banco Central (Copom).
Para o presidente da Força, Miguel
Torres, o aumento tem efeito perverso sobre os trabalhadores e significa um
bloqueio no crescimento econômico do Brasil. “Avaliamos que o 'custo social e
econômico' do uso da Selic no controle da inflação tem se revelado ineficiente
e com um custo social muito alto para o país”, afirmou. “Infelizmente, os dados
da economia são pouco animadores. E a postura conservadora, por parte do
governo, vem minando qualquer esperança de sua recuperação ainda para este
ano”, acrescentou Torres.
A Contraf-CUT acredita que o aumento vai aprofundar a
crise atual. “Mais um aumento na taxa Selic. Mais recursos da sociedade serão
transferidos para os rentistas, principalmente os bancos. Mais crédito será
negado à sociedade e mais recursos serão desviados para títulos e valores
mobiliários”, disse o presidente da entidade, Roberto von der Osten. Para a
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
(FecomercioSP), o aumento da Selic “de um lado encarece o crédito e,
consequentemente, enfraquece ainda mais a demanda de consumidores e empresas,
dificultando assim novas elevações de preços. De outro, ele tem um papel
importante no controle das expectativas inflacionárias”. (Terra)
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