Os professores das redes
estaduais e do Distrito Federal ganham R$ 16,95 a cada 60 minutos que passam
dentro da sala de aula com os estudantes, ou fora dela preparando atividades,
provas e relatórios.
O valor médio da hora nacional faz parte de um levantamento
feito pelas equipes de reportagem do G1 em todo o país, junto aos governos
estaduais e sindicatos, entre abril e junho deste ano. Considerando a carga
horária de 40 horas semanais de trabalho, o salário-base médio é de R$ 2.711,48
para professores com diploma de licenciatura no início da carreira.
O
levantamento tomou como base essa categoria de docência porque as redes
estaduais são as principais responsáveis pelo ensino médio, nível em que, para
lecionar, é preciso concluir o curso de licenciatura. Em média, o professor da
rede pública estadual formado em licenciatura (ou seja, com diploma do ensino
superior), recebe 57% do salário mediano dos trabalhadores brasileiros com
formação equivalente. Segundo uma comparação feita pelo Cadastro Central de Empresas
(Cempre) com base em dados de 2013, e divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada, o salário médio de
trabalhadores com diploma de nível superior foi de R$ 4.726,21. Maior salário -
O estado que paga o maior salário, segundo o levantamento, é Mato Grosso do
Sul. Lá, os professores com licenciatura recebem o salário-base de R$ 3.994,25
pelas 40 horas semanais, jornada padrão, de acordo com informações do governo
estadual.
No outro extremo da tabela, o estado com o menor salário-base é Santa
Catarina. Segundo o governo catarinense, os professores com licenciatura que
trabalham 40 horas por semana ganham salário-base de R$ 1.917,78, mesmo valor
do piso nacional, obrigatório por lei para os professores com formação mínima
de nível médio.
Fórum vai acompanhar
salários - Em entrevista ao G1, Binho Marques, secretário de Articulação com os
Sistemas de Ensino do MEC, afirmou que o ministério vai criar um fórum com a
participação do governo, sindicatos e gestores estaduais e municipais para acompanhar
e propor melhorias à lei que define o piso salarial nacional para os
professores. A portaria deve ser assinada nesta quarta-feira (24) pelo ministro
da Educação, Renato Janine Ribeiro.
Ele afirmou ainda que a variação salarial
entre os salários mostra a diversidade de planos de carreira locais. "É
muito difícil fazer essa comparação, porque acaba sendo um pouco injusta. Tem
estado que investe muito com salário do professor mas o piso é baixo",
disse ele. Segundo Marques, há estados que "achataram" a carreira e,
por isso, o salário inicial é alto, mas o teto salarial da carreira não é muito
superior ao piso. Outras redes, porém, têm um plano de carreira com muitos
degraus, o que faz com que o salário inicial seja baixo, mas o professor tenha
mais oportunidades de subir na carreira.
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