As 12 mortes na comunidade
da Vila Moisés, no Cabula, que aconteceram no último dia 6 de fevereiro, foram
resultado de um confronto entre as vítimas e os policiais militares. É o que
afirma o Departamento de Polícia Técnica (DPT) após a reconstituição do caso,
realizada na madrugada desta quinta-feira (28).
A remontagem foi comandada
pelos peritos criminais do DPT, Isaac Queirós e José Carlos Montenegro, que
descartaram inicialmente as execuções. "A gente não vê, até agora, nenhum
indício. Tanto os sobreviventes como os policiais relatam que houve
confronto", explicou Queirós em entrevista ao jornal Correio. O parecer
inicial dos peritos rebatem a investigação independente do Ministério Público
Estadual (MPE), baseadas nos laudos iniciais do DPT, informações das
investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da
Corregedoria da Polícia Militar.
Na investigação foi apontada
a realização de homicídios triplamente qualificados e tentativa de homicídios,
dando origem a denúncia contra os nove plociais envolvidos na operação, que foi
encaminhada para o juiz Vilebaldo Freitas, titular do 1º Juízo da 2ª Vara da
Comarca de Salvador. Ainda em entrevista, Montenegro afirmou que nenhum laudo
menciona tiro a curta distância e outros indícios para afirmar que houve
execução. O MPE informou que só irá se pronunciar sobre a reconstituição após o
resultado final que sairá em 30 dias. Bocão News
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