Frederico Guimarães |
Às margens do rio Tapajós e Arapiuns, um aluno carrega óleo diesel para gerar a energia de uma rádio no meio da Floresta Amazônica. Nos troncos das árvores, em cima de canoas que flutuam por lagos e igarapés, e dentro da escola, os estudantes se preparam para produzir mais um programa da Rádio Mocoronga, uma rede de comunicação estruturada a partir de grupos de jovens repórteres distantes do centro urbano de Santarém (PA), cidade que conta com mais de 300 escolas da rede municipal. “A ideia de utilizar o rádio para promover a formação do jovem é porque a gente acredita no potencial da comunicação como mediadora em processos de educação e na valoração da identidade cultural das comunidades”, afirma Fábio Pena, coordenador da Rede Mocoronga de Comunicação, que faz parte do Projeto Saúde & Alegria, organização não governamental que atua desde 1987 na região e atende cerca de 150 comunidades.
Das 30 escolas contempladas diretamente pela Rede, algumas decidiram aderir ao projeto da ONG e incorporaram ao cotidiano escolar as produções radiofônicas. “O rádio é utilizado a pedido dos professores de português e também de história. Trabalhamos interpretação de texto e redação, além da socialização dos alunos através de conteúdos didáticos. Também trabalhamos informações de uma forma geral. Atualmente, temos feito um trabalho para que os alunos entendam como se prevenir de enchentes”, conta o professor de informática Mauro Duarte, da Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, da Comunidade de Maguari, no município de Belterra. ( Revista educar)
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