O Brasil
avançou na legislação que visa à igualdade racial, mas persistem o racismo
interpessoal e institucional no País, concluiu o Grupo de Trabalho das Nações
Unidas sobre Afrodescendentes que visitou Rio, São Paulo, Brasília, Recife e
Salvador entre 03 e 13 de dezembro. As duas especialistas em direitos humanos
do grupo, a francesa Mireille Fanon-Mendes-France e a argelina Maya Sahli,
vieram a convite do governo brasileiro. Elas estiveram na Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), mantiveram contatos com
autoridades estaduais e municipais, com representantes de movimentos negros e
de quilombolas. Visitaram favelas e áreas remanescentes de quilombos.
Na
apresentação das conclusões preliminares na quinta-feira, no Rio, disseram que
de 2005, quando foi feita outra avaliação da situação do negro no Brasil, para
cá, foram implementados esforços para terminar com a "hierarquia racial e
de culturas" no País, mas ressaltaram que o ritmo está lento.O relatório
final do grupo, com todas as conclusões e recomendações, será apresentado ao
Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em setembro de 2014. "O
Brasil tem muitos desafios ainda para enfrentar o legado da escravidão e do
colonialismo. As leis e políticas não são totalmente eficazes, ainda não
promoveram mudanças significativas, embora a sociedade brasileira acredite que
vive uma democracia racial", disse Mireille. Agência Brasil
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