Em decisão "inédita na história tricolor", de acordo
com o site do clube, o Bahia publicou seu orçamento detalhado para 2014. Na
projeção, segundo garante o diretor administrativo-financeiro Reub Celestino, o
Bahia tem tudo para, pela primeira vez em décadas, fechar o ano com
superávit. De acordo com a planilha exposta no site, o Bahia tem para 2014
uma receita líquida de R$ 70,4 milhões. Contudo, antecipou R$ 9 milhões. Assim,
tem disponível R$ 61,4 milhões. Em uma primeira projeção, as despesas ficariam
em R$ 70 milhões (na planilha, consta R$ 78 milhões, talvez por um descuido de
digitação. O valor foi corrigido por Reub Celestino em contato telefônico com a
reportagem de A TARDE). O fato geraria um déficit de R$ 8,6
milhões. Contudo, aí entra a readequação financeira do clube. Na projeção,
Reub mostra que é possível o Bahia chegar ao fim do ano com um superávit de R$
19 milhões. As receitas, confia ele, podem ser aumentadas em R$ 10 milhões. Já
as despesas têm um projeção de redução em R$ 17,6 milhões. Para isso, o corte
principal seria de pessoal: R$ 13 milhões. Ou seja, vem dispensas por aí. Entre
eles, jogadores profissionais e da base. "Nosso quadro de
funcionários está inchado, sim. Para que mais de 300 funcionários para botar só
11 jogadores em campo?", comentou o diretor, para, na sequência, apontar o
alvo principal do corte dos gastos.
"Nossa divisão de base precisa trabalhar com mais
eficiência e menos quantidade. Hoje, são 160 jogadores na base do Bahia. Neste
ano, tivemos três atletas surgidos de lá jogando no time principal: Madson,
Feijão e Talisca. Muito eventualmente quatro, com Jussandro. A desproporção é
muito grande. Nosso elenco profissional também precisará de reajustes. A
ideia é trabalhar com um elenco enxuto e com uma melhor relação
custo-benefício. Isso sem contar a redução na comissão técnica. De 2013 para
2014, só pela troca da comissão, conseguimos uma redução de aproximadamente R$
2 milhões no ano", declarou o diretor.
Quanto aos atletas, entre os alvos para saírem do clube, estão
Souza, com seu salário mensal de R$ 180 mil, e Kleberson, que ganha R$ 150 mil
e está retornando de empréstimo. No planejamento, outros R$ 2 milhões de
redução de custos são projetados em negociações de jogadores. A tabela se
completa com economia administrativa de R$ 2 milhões e mais R$ 600 mil de corte
em serviços. Cerca de R$ 16 milhões do superávit seriam usados para
abater o passivo do clube, estimado em R$ 71,2 milhões.
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