O prefeito de Patrocínio do Muriaé, município localizado a 408 km de
Belo Horizonte, foi afastado pela Justiça Federal de Minas Gerais. Pablo Emílio
Campos Correa (PPS) é réu em uma ação do Ministério Público Federal por
improbidade administrativa, acusado de superfaturar verbas federais destinadas
à compra de merenda escolar para as três escolas da cidade, onde estudam 464
alunos. Segundo o procurador Lucas Gualtieri, nas notas fiscais de março e
abril deste ano, ocorreu uma irregularidade “afrontosa”. A prefeitura pagou ao
fornecedor Oldacir Luiz Valdier por carnes nobres — contrafilé e alcatra,
mas só chegou ao prato da garotada músculo, acém, moela e coxa de frango. A
lista de produtos não entregues inclui achocolatados e biscoitos. Ainda nos
dois meses investigados, foi constatado nas notas que a prefeitura pagou por 30
kg de cenoura, mas só recebeu 11 kg, pagou por 120 kg de fubá, mas só 1 kg
chegou à merenda. Há ainda nos documentos 100 kg de batatas, mas só 23,5 kg
viraram merenda. De acordo com o procurador da República Lucas de Morais
Gualtieri, signatário da ação, além de superfaturamento de produtos
alimentícios, parte das compras nunca foi entregue, e outra parte faturada “em
quantidades absurdamente superiores às efetivamente entregues.” Informações do
UOL.
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