No fundo da Baía de Todos-os-Santos (BTS), uma ameaça silenciosa põe em risco a biodiversidade marinha nos recifes de corais. É o coral-sol (Tubastrea tagusensis e Tubastrea coccinea), um bioinvasor trazido da Ásia nos anos 1980, que há dois anos tem se espraiado na Bahia. O animal cnidário (do mesmo grupo das águas-vivas e anêmonas) se reproduz de forma assexuada, provoca a extinção dos corais nativos e, pior, pode reduzir a oferta do pescado no longo prazo. Com capacidade reprodutiva de duas a três vezes maior do que as espécies nativas, o coral-sol, se não combatido com urgência, dizem especialistas, causará impacto nas economias de cinco cidades: Salvador, Itaparica, Vera Cruz, Salinas das Margaridas e Maragogipe. Localizado pela primeira vez na Bahia, em 2008, no naufrágio Cavo Artemidi, o coral-sol vem se proliferando no recife natural conhecido como "Cascos", sedimentado a 20 metros de profundidade na costa leste da Ilha de Itaparica (Grande Salvador), a 12 km da capital via mar. Nos recifes artificiais, o coral-sol já foi encontrado também na marina de Itaparica e nas plataformas da Petrobras, no estuário do Rio Paraguaçu, onde fica a Reserva Extrativista Marinha do Iguape. (ATarde)
0 comentários:
Postar um comentário
O Blog JC Radialista: Não se responsabiliza por comentários de leitores ou terceiros que venha comentar determinado conteúdo apresentado neste espaço...