O Ministério Público do
Trabalho (MPT) na Bahia mediará conflito existente entre empresas privadas,
trabalhadores terceirizados e o Estado da Bahia quanto ao pagamento de salários
e benefícios atrasados. A primeira de uma série de audiências acontece na segunda-feira
(16). Segundo informações prestadas pelo governo do Estado em reunião com
procuradores do MPT ontem (11), da qual participaram o secretário da
Administração, Edelvino Góes, e o procurador geral do estado, Rui Cruz, há hoje
81 contratos com 15 empresas, envolvendo cerca de 40 mil empregados
terceirizados. Calcula-se que haja cerca de R$ 20 milhões retidos pelo Estado
relativos a esses contratos, no qual se incluem o caso dos funcionários de
escolas estaduais paralisadas. Como tentativa de mediar o conflito, o MPT vai
convocar o Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza do Estado da Bahia
(Sindilimp), o Estado e cada uma das empresas separadamente para debater
soluções específicas para cada caso. Em linhas gerais, a ideia é fechar acordos
que permitam ao Estado efetuar os pagamentos dos salários e benefícios em
atraso diretamente aos trabalhadores, a partir de informações prestadas pelas
empresas. Segundo os representantes do governo que se reuniram com o
procurador-chefe do MPT na Bahia, Pacífico Rocha, e com o coordenador do
primeiro grau do MPT, Rômulo Almeida, os pagamentos dos contratos retidos têm
motivos diversos, dentre os quais não-comprovação de recolhimentos previstos
nos contatos como condicionantes para liberação de pagamentos, tais como certidão
negativa de débitos com a receita. Política Livre
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