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CONCEIÇÃO DO ALMEIDA TEM AUMENTO NO IDHM, MAS AINDA ESTÁ LONGE DO IDEAL.

Em 20 anos, o município de Conceição do Almeida, localizado no Recôncavo Baiano, melhorou o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) que faz uma média entre as áreas da educação, expectativa de vida e renda, mas ainda está longe do ideal e fica com um dos piores índices do recôncavo. 
    De acordo com um estudo divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a cidade ocupa a 3.999° posição no Brasil e a 131º lugar no Estado da Bahia. Conceição do Almeida teve um incremento no seu IDHM de 70,22% nas últimas duas décadas, acima da média de crescimento nacional (47,46%) e abaixo da média de crescimento estadual (70,98%), é o que indica o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 38,82% entre 1991 e 2010. O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Conceição do Almeida obteve 0,606, em 2010, situado na faixa de Desenvolvimento Humano nível médio, entre 0,6 e 0,699.
    No estudo da ONU, há uma faixa de desenvolvimento. Se a cidade ficar entre 0 a 0,499,  a cidade ou a área estudada é muito baixa. De 0,5 até 5,99, é considerado baixo. Já entre 0,6 até 0,699, a avaliação é média, onde se encaixa o município de Conceição do Almeida. Entre 0,7 até 0,799, o desenvolvimento é alto. Acima de 0,8 até 1 é muito alto, de acordo com a tabela do IDHM.

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

Educação

    No período de duas décadas, o IDHM da Educação de Conceição do Almeida melhorou. Em 1991, o IDHM da Educação era de 0,173. No ano 2000, passou para 0,331. Dez anos depois alcançou 0,479. 

   Crianças - O percentual de crianças de 6 a 14 anos fora da escola reduziu de 19,93%, para 3,64% em 1991. No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 2,09% e no de período 1991 e 2000, 64,88%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 51,37% entre 2000 e 2010 e 279,72% entre 1991 e 2000. 
   Jovens - A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 86,23% no período de 2000 a 2010 e 125,42% no período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 140,97% entre 2000 e 2010 e 82,02% entre 1991 e 2000.
   Adultos - Em 2010, 33,95% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e 23,58% o ensino médio. Em Bahia, 46,07% e 31,32% respectivamente. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos escolaridade. A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 27,00% nas últimas duas décadas.

Expectativa de vida


   Na Longevidade, que estima a expectativa de vida da população, a cidade teve um desempenho também significativo. Neste estudo, em 1991, a cidade possui um índice de 60,1, dez anos depois alcançou 65,3 e agora, em 2010, soma 73,3 anos. A expectativa de vida subiu de 60,1 anos para 73,3 anos, ultrapassando a média estadual que é de 72,0 anos e abaixo do país que é de 73,9 anos. A expectativa de vida ao nascer aumentou 13,2 anos nas últimas duas décadas.

    A mortalidade infantil de até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) reduziu de 68,1 por mil nascidos vivos em 1991 para 18,3 por mil nascidos vivos em 2010, aponta o PNUD. A taxa de  fecundidade, que é a estimativa de filhos que um mulher teria, no seu período reprodutivo caiu de 3,3 para 1,6, no período.

Renda 


    Já o IDHM Renda cresceu 125,85% nas últimas duas décadas, passando de R$128,84 em 1991 para R$181,79 em 2000 e R$290,98 em 2010. No período de 20 anos, representa um aumento de 44,98%. A taxa média anual de crescimento foi de 41,10% no primeiro período e 60,06% no segundo. A extrema pobreza (pessoas que vivem com renda per capita inferior a R$ 70) caiu de 46,17 para 20,88, em 20 anos. O percentual de pobres, com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 140,00 também caiu de 77,78 para 41,69. Também foi registrado 68,46 % de indivíduos vulneráveis à pobreza com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 225,00.


Habitação e Saneamento Básico
   
   Alguns avanços na área da habitação e saneamento básico e também dados alarmantes na área. Apenas 33,31% da população Almeidense tinham água encanada adequada em seus domicílios em 1991, em duas décadas esse número quase duplicou para 63,31%. Assim foi o aumento de domicílios com energia elétrica, que subiu de 75,87% para 99,39 e a coleta de lixo, na zona urbana, que também aumentou de 52,21% para 96,06%, em duas décadas. Porém, 16,99% das pessoas viviam em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados em 1991, registrando aumento para 22,19%, em 2000, esse índice tinha aumentado ainda mais para 26,00% das pessoas.


     Para o Cientista Social, Rafael Barros, houve um pequeno avanço, mas não foi o essencial. "Apesar dos avanços em relação aos anos anteriores no teor de desenvolvimento social, Conceição do Almeida não obteve fortes crescimentos. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é mediano, vergonhoso em relação as outras cidades da Bahia. Não temos renda e a educação precisa de maiores investimentos. Tivemos avanços ao longo dos anos, mas confesso que não é o essencial"  disparou.Dados: Pnud, Ipea
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