O
Senado aprovou nesta quinta-feira, 4, projeto que assegura atendimento e
tratamento imediato nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) a vítimas de
violência sexual. De acordo com o texto, que agora segue para sanção da
presidente Dilma Rousseff, as unidades de saúde públicas ou conveniadas ao SUS
precisam oferecer atendimento "emergencial, integral e
multidisciplinar" quando ocorrer "qualquer forma de atividade sexual
não consentida". A partir da sanção presidencial, a futura lei ainda
levará 90 dias para entrar em vigor. Segundo a norma, os hospitais precisam
oferecer medidas de precaução de gravidez, incluindo aí a distribuição da
chamada pílula do dia seguinte, quando for o caso. A atuação preventiva dos
médicos também se estende a doenças sexualmente transmissíveis. Lesões também
deverão receber tratamento da unidade de saúde. O projeto aprovado ontem
determina que médicos e policiais atuem em conjunto. Uma das possibilidades seria
a coleta de material genético para que serviços de perícia consigam identificar
o agressor via exame de DNA. A medida já é adotada e regulada por um protocolo
do SUS, com a aprovação do texto pelo Senado a prática torna-se lei. O
atendimento é gratuito.
Vítima
- O
projeto não restringe a garantia de atendimento a mulheres, mas estende esse
direito a todas as possíveis vítimas de violência sexual, como homossexuais,
transexuais, travestis. O texto também não faz restrição de idade ou gênero.
Segundo o senador Wellington Dias (PT-PI), a falta de uma legislação
disciplinando a matéria dificultava o trabalho da polícia, uma vez que não
seria tão comum a prática de coletar o material genético para auxiliar na
identificação do agressor. (AE)
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