Cientista político do Instituto Universitário de Pesquisas do
Rio de Janeiro (Iuperj), o professor Geraldo Tadeu Monteiro diz que tendência
das manifestações que tomaram as ruas brasileiras agora é diminuir, mas que
isso não é definitivo. Afinal, acredita ele, uma lição ficou para a classe
política: apesar de estar começando a adormecer, o “gigante” - definição do
povo brasileiro que ganhou as manchetes internacionais - pode acordar a
qualquer momento. “O gigante não vai dormir de vez”, afirma. O
cientista político, que possui mestrado em Sociologia Política pela
Universidade de Paris I, na França, diz que a população brasileira aprendeu a
protestar e que a classe política, com isso, tende a se voltar mais para o
interesse público. Ele ressalta os riscos de se fazer a tão falada reforma
política sem a devida reflexão e utilizando os meios inadequados: “Podemos
criar um Frankenstein jurídico ou até mesmo aumentar os privilégios da classe
política em vez de reduzi-los”, afirma.
O professor, que em 2010 publicou o Manual do Candidato as
Eleições pela Editora Gramma, explicou também porque é tão difícil fazer uma
reforma política no país e expõe suas razões para considerar um plebiscito e a
convocação de uma assembleia constituinte exclusiva meios inadequados para
isso. Enfim, o especialista, que atua como professor do mestrado e doutorado em
Ciência Política e Relações Internacionais do Iuperj, analisa as razões
políticas - e também as econômicas - que levaram milhões de brasileiros a
protestar nos últimos dias. (Correio)
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