A extinção dos cargos comissionados estará em um decreto que deve
ser publicado neste sábado (29) no Diário Oficial. O governo diz, ainda, que
irá devolver 436 carros alugados, em uma economia de R$ 6,5 milhões ao ano.
Também serão vendidos 1.044 veículos do governo do estado. A expectativa é
economizar R$ 3,1 milhões com a manutenção dos carros. Alckmin apresentou metas
de economia de água, luz, combustível, passagens aéreas e diárias de
hotel. Inicialmente, ao anunciar a revogação do aumento, Alckmin tinha
afirmado que investimentos seriam cortados. "Um sacrifício grande, nós
vamos ter que cortar investimentos porque as empresas não suportam, não têm
como arcar com essa diferença", disse o governador na quarta-feira (19).
O governador decidiu, ainda para economizar dinheiro, fazer uma
reestruturação. A Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano será extinta após
dois anos e meio da sua criação. A pasta será incorporada à da Casa Civil.
Três autarquias passarão por uma fusão: a Fundação do
Desenvolvimento Administrativo (Fundap), a Fundação Sistema Estadual de Análise
de Dados (Seade) e o Centro de Pesquisas de Administração Municipal (Cepam).
Também serão extintas a autarquia Superintendência do Trabalho Artesanal nas
Comunidades (Sutaco) e a estatal Companhia Paulista de Eventos e Turismo
(Cepetur). A economia será de cerca de R$ 355 milhões apenas nessa
reestruturação: R$ 129 milhões neste ano e R$ 226 milhões em 2014. Segundo o
governador, a extinção dos órgãos pode provocar a demissão de alguns
funcionários.
"É um esforço de gestão para melhorar a eficiência do gasto
público e compensar a redução de tarifa", disse Alckmin nesta sexta.
"Eu acho que a redução da tarifa foi importante, agora é melhorar o
serviço público", disse sobre investimentos em trens e Metrô.
Na última segunda-feira (24), o governador afirmou que não irá
cortar nenhum investimento para bancar a revogação do aumento das passagens,
que caíram de R$ 3,20 para R$ 3 após uma série de manifestações em São Paulo. A
previsão é gastar mais de R$ 1 bilhão por ano com subsídios e gratuidades nos
trens e Metrô. Apenas na manutenção da tarifa, serão gastos R$ 210 milhões.
“Acho que os recados das ruas, as vozes das ruas são: queremos
custos menores, queremos redução de tarifa, mas queremos qualidade no serviço
público. E qualidade no serviço público implica investimentos em Metrô, trem,
mobilidade urbana e corredores de ônibus”, afirmou Alckmin nesta sexta-feira.
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