O destino da Comissão de Direitos
Humanos da Câmara dos Deputados pode sofrer uma mudança radical a partir desta
quarta-feira (16). Sem conseguir debater questões referentes aos Direitos
Humanos, deputados como Jean Willys (PSol-RJ) e Erika Kokay (PT-DF) vão
analisar a renúncia de suas cadeiras, migrando os trabalhos para a Frente
Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, criada após a nomeação do pastor
Marco Feliciano para a presidência da Comissão. Em entrevista ao Metro1, a deputada federal Alice Portugal
(PCdoB-BA), que integra a Frente, declarou que não há mais a possibilidade de
trabalhos sob a direção de Feliciano. "Ao assumir a presidência um
deputado com valores atrasados, retrógrados, racistas, de natureza homofóbica,
a Comissão fechou as portas para a sociedade. Os deputados estão cercados,
completamente neutralizados e vão analisar a saída porque Feliciano não nos
representa", afirmou a deputada.
Com um tom de lamento, Alice ressaltou que não
há mais possibilidade de atos administrativos que resultem na saída de
Feliciano, além da própria renúncia do pastor. "A única coisa que pode
tirar Marco Feliciano é a voz das ruas, porque ele está apoiado na
proporcionalidade. Eu creio que a forma de não legitimar é esvaziar a Comissão
e dar vigor à Frente de Direitos Humanos da Casa até que possamos, de fato,
romper com essa atitude impensada de colocar Marco Feliciano na
presidência", declarou a parlamentar. A reunião da Frente Parlamentar está
prevista para acontecer nesta quarta-feira (17), ao meio dia.
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