TV WEB JC

SAJ: Após 14 anos da explosão da Fábrica de fogos, famílias das vítimas ainda clamam por justiça


11 de dezembro de 1998, data memorável na vida de muitas famílias em Santo Antônio de Jesus. A explosão da fábrica de fogos clandestina no município do recôncavo baiano completa 14 anos sem que os acusados tenham sido responsabilizados, apesar de terem sido julgados, conseguiram  impetrar recurso junto ao Tribunal Superior de Justiça. O Movimento 11 de Dezembro, criado por familiares e sobreviventes da tragédia, relatou que esse ano não terá atos de protestos, em respeito às vítimas.
Naquele dia, dois galpões da fábrica clandestina de fogos explodiram no momento em que mais de cem pessoas trabalhavam. A fábrica clandestina era localizada na zona rural da cidade, sessenta e quatro pessoas morreram. Os donos da fábrica, apontados como os responsáveis pelo acidente, chegaram a ser inocentados por uma juíza da comarca de Santo Antônio de Jesus. As investigações foram retomadas e o julgamento transferido para Salvador. Em juízo o filho de Osvaldo Prazeres (Vardo dos Fogos) dono da  fábrica, Gilson Prazeres, negou as acusações de exploração de menores, e destacou que a empresa era fiscalizada pelo Exercito. Ocaso teve repercussão internacional. A imprensa estrangeira destacava a explosão fazendo referencia a violação dos direitos humanos. As fábricas de fogos, grande parte clandestinas continuam empregando mulheres e crianças, sem nenhuma segurança. 14 anos depois, muitas famílias vítimas da explosão, onde perderam familiares, clamam por Justiça. Os sobreviventes da tragédia vivem sem com as sequelas causadas se sem nenhum tipo de ajuda financeira, por parte dos representantes da “empresa”. As vítimas eram, em sua maioria, mulheres, jovens e crianças. Dezenas dessas crianças ficaram órfãs, pois vários dos mortos eram pessoas da mesma família.
Na frente da casa a jovem confecciona traques sem nenhuma segurança
Todas as pessoas, que trabalham nessas fabricas clandestina, não recebem nenhum registro em carteira, sem direitos trabalhistas. Elas recebem  menos de um real, por cada mil   traques produzidos. No fundo de quintal ou nas portas de casa. Qualquer lugar é usado por milhares de famílias para se produzirem fogos, principalmente o traque, que envolve famílias inteiras, incluindo crianças e idosos. O patriarca da família acusada pela tragédia, Osvaldo, já foi condenado por  outra explosão em 1990. Em 2005, Osvaldo chegou até prisão preventiva decretada, por causa de mais um acidente, mais conseguiu suspender a decisão em Tribunal em salvador, além de responder 15 processos cíveis e  3 criminais. A População local aguarda por Justiça! (Reportagem: Fábio Santos / Voz da Bahia Fotos: Mariana Rios/ Diogo Moreira)
←  Anterior Proxima  → Inicio

0 comentários:

Postar um comentário

O Blog JC Radialista: Não se responsabiliza por comentários de leitores ou terceiros que venha comentar determinado conteúdo apresentado neste espaço...